terça-feira, 30 de junho de 2009

Novas regras para os mestrados profissionais

O mestrado profissional nunca conseguiu tanta credibilidade e reconhecimento quanto o mestrado acadêmico e o doutorado. Para tentar melhorar a imagem do mestrado profissional e incentivar a criação de novos cursos desta modalidade, o Ministério da Educação divulgou novas normas e avaliações para estes cursos.

A partir de agora, os mestrados profissionais passarão por uma avaliação especial, para tentar transformar especializações de boa qualidade em cursos desta modalidade. Um dos critérios da nova avaliação é o número de docentes de cada curso que estão em atividade na área em que vão dar aula, mesmo que não tenham diploma de mestrado ou doutorado. Outro critério será a mudança do projeto de conclusão dissertativo para artigos, patentes de produtos, protótipos ou produtos artísticos.

Profissonal X Acadêmico

O mestrado Profissional foi criado em 1998 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) para oferecer cursos que enfatizam a qualificação técnica para profissionais que estão no mercado de trabalho. Existem poucas diferenças em relação ao mestrado acadêmico, pois ambos são strictu sensu, conferem grau de mestre e garantem o exercício de docência. No entanto, o acadêmico exige dedicação integral aos estudos e se foca na formação de pesquisadores, enquanto o profissional permite que o candidato estude e trabalhe.

Novidades
Isso poderá ser aplicado com residências médicas. Atualmente, as residências médicas duram cerca de dois anos, exigem uma carga horária pesada e formam especialistas. Apesar de terem todas as características de um mestrado profissional, nenhuma delas oferece a titulação de mestre. Com a mudança, os médicos seriam automaticamente considerados mestres, encurtando o acesso ao doutorado. Hoje, para que um médico se torne doutor ele precisa concluir a residência e passar pelo mestrado acadêmico antes de ir para um doutorado. Confira informações completas no site da Capes e no Diário Oficial.

Um comentário:

Thiago disse...

Muito interessante essa iniciativa, pois oferece uma opção de formação que tenha mais a ver com o perfil do profissional. No fim das contas, nem todo mundo quer ser pesquisador!