terça-feira, 9 de junho de 2009

Fies vai aceitar trabalho como forma de pagamento

Uma grande dificuldade dos estudantes para concluir a graduação é conseguir bancar as mensalidades. Muitos deles acabam optando pelo crédito educativo para evitar as dívidas e assim, poder estudar e começar a pagar só depois de formados. Porém, para muitos estudantes que não conseguem se colocar no mercado o financiamento pode virar uma dor de cabeça e os valores podem subir demais com a incidência dos juros.

Pensando nisso, foi anunciado no dia 28 de maio, durante o lançamento do Plano Nacional de Formação dos Professores que os professores e médicos formados com subsídios do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), criado em 1999, poderão pagar parte da dívida com trabalho. Os profissionais deverão trabalhar nas escolas públicas e no Programa Saúde da Família para abater 1% do valor total da dívida por mês trabalhado.

A iniciativa faz parte do programa federal que pretende formar 330 mil profissionais de educação básica nos próximos cinco anos. O objetivo com a medida é, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, “interiorizar a mão de obra” e melhorar a distribuição dos médicos pelo país. Além disso, é possível que os antigos contratos sejam revistos, para que se enquadrem na redução dos juros dos contratos atuais, diminuindo a taxa de 9% para a média de 3,5% a 6,5%.

A proposta é válida apenas para alunos dos cursos de Medicina e de licenciaturas (letras, física, química, matemática, entre outros), o que restringe o número de beneficiários. Além disso, é necessário analisar com cuidado se este modelo de pagamento é viável para o estudante. Ele vai trabalhar para o abatimento da dívida sem receber salário, o que representa um problema, na medida em que eles são, em geral, oriundos de famílias com pouca renda e seus salários contribuiriam para o sustento da família. Ao mesmo tempo, é uma tentativa do Ministério da Educação de oferecer à população trabalho comunitário e, em certa medida, ajudar o recém-formado a abater o seu saldo negativo. Resta aguardar para verificar a qualidade deste projeto. A alteração assinada pelo presidente Lula está circulando desde meados do ano passado. Quem considerar interessante, pode correr atrás e participar assim que o projeto já estiver valendo.

2 comentários:

claudia araujo disse...

Eu sou recem formada em psicologia e gostaria que esse beneficio se estendesse a todos profissões pois encontro em dificuldade de entrar na area de trabalho por não ter experiência.
No momento faço bico de manicure e encontro dificuldades para pagar esse emprestimo entre outros compromissos.
Por favor não é justo pois meu diploma corre risco de ficar na gaveta, e a formação que me causa orgulho devido a isso esta me causando um sério transtorno.

Maria Elisa disse...

Me formei em Fisioterapia, e estou desempregada e desesperada! Não tenho condições de pagar FIES e estou com muito medo! Essa questão de pagar com trabalho não se estende a minha profissão também?