
Apenas os bacharéis que passam na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) podem atuar como advogados- os resultados da primeira fase do exame 2009 foram divulgados na terça-feira, dia 19.
Agora, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) quer adotar a mesma metodologia para garantir que somente os médicos aprovados obtenham a carteira profissional. A iniciativa foi lançada na ultima sexta-feira, junto com a publicação "Exame do Cremesp: uma contribuição para a avaliação do ensino médico". Este dossiê é resultado de uma avaliação, aplicada desde 2005, em alunos recém-formados em medicina. Os dados são preocupantes, já que a taxa de reprovação está crescendo. No ano passado, por exemplo, 679 estudantes participaram da prova e 61% não atingiram a nota mínima. Em especialidades como ginecologia, pediatria e clínica geral, os resultados ficaram, em média, entre 51%, 52% e 56 %, ou seja, abaixo dos 60 pontos considerados o mínimo de acertos para “passar na prova”- entre aspas, já que o exame é facultativo e os participantes podem excercer a profissão independente do resultado.
O objetivo de criar o “exame da ordem” é avaliar o nível de conhecimento destes alunos, e, consequentemente, das faculdades de medicina. Como em um efeito dominó, isso levaria, a médio pranzo, a formação de profissionais mais preparados, diminuindo o número médicos denunciados ao Cremesp. Outra medida que vai de encontro a isso é o “congelamento” da abertura de novas instituições de ensino de medicina, que já são em 176 em todo o país. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Educação também tem interesse em criar um processo seletivo para as residências médicas, período de especialização obrigatória para todos os estudantes se formarem na área. De acordo com o último levantamento do MEC, feito em 2008, 27 cursos de medicina não tinham condições de funcionar. Desde então, foram criadas uma série de medidas para obrigar as faculdades a se adequarem e, quem não cumpriu as regras, teve o curso fechado.
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