sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Programa prevê a implantação de cursos de graduação a distância da USP, Unesp e Unicamp

Com o objetivo de expandir o ensino superior público do estado por meio de tecnologias, foi criada a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo). O programa que envolve o governo de São Paulo e as três universidades estaduais paulistas - USP, Unesp e Unicamp - pretende criar um sistema de ensino superior de graduação a distância, com ênfase na Pedagogia, que prevê a abertura de 6.600 vagas em 2009.

Foi definida a criação de 5.000 vagas no curso de Pedagogia da Unesp, 700 de licenciatura em Biologia e outras 900 de licenciatura em Ciências na USP, segundo declarações do secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt para a Folha de S. Paulo. Porém, esses números ainda podem ser alterados. A implantação dos cursos a distância de Biologia e de Ciências da USP dependem da aprovação de comissões internas.

O primeiro módulo do programa terá cursos de graduação focados na formação de professores em áreas básicas, como línguas, física, química e biologia para suprir o déficit de professores com diploma superior. Na rede estadual, 25 mil destes profissionais lecionam sem serem graduados, o que corresponde a 10% do total.

Desde 2007, o governo, universidades e instituições associadas, como a Fapesp e a Fundação Padre Anchieta, discutem o Univesp. O programa, que inicialmente se concentrará nos cursos de graduação, deve ser expandido para cursos de capacitação, especialização, mestrado e doutorado.

Na prática, o aluno terá aulas e provas presenciais combinadas com disciplinas realizadas na rede, poderá consultar uma biblioteca virtual e acompanhar pela TV o material de apoio pedagógico. A grade curricular dos cursos será definida pelas universidades.

A USP também estuda a criação do IAE (Instituto de Aprendizado Eletrônico), que depende de votação no Conselho Universitário para ser aprovado. Este instituto seria responsável, entre outras coisas, por coordenar o uso de recursos tecnológicos nos cursos presenciais, dando suporte operacional, pedagógico e à produção do material didático.

A iniciativa divide opiniões. Enquanto os defensores acreditam que o programa democratiza o acesso ao ensino de alunos que vivem em regiões sem cursos de formação superior, os que são contra afirmam que o contato entre professor e aluno é fundamental. E você, o que acha do ensino a distância? Faria uma graduação ou pós nesses moldes?

2 comentários:

Anônimo disse...

O Aluno deixou de ser apenas receptor e passou a ser tambem emissor de conhecimento. Os Professores tem de estar atualizados quanto as novas tecnologias para acompanhar os Alunos que estão atualizados virtualmente. Parabéns às Universidades que tem visão atual.

Unknown disse...

Sim, faria com certeza! As pesquisas estão aí para mostrar os resultados dos cursos na modadalidade EAD. Parabéns pela iniciativa!