O Ministério da Educação (MEC) irá destinar no ano que vem R$ 1 bilhão para financiar a graduação e especialização de professores da educação básica em universidades públicas. A medida faz parte do Sistema Nacional Público de Formação de Profissionais do Magistério, criado para suprir a falta de docentes na rede pública e ampliar o número destes professores formados no ensino superior público.
Este recurso será destinado a instituições superiores federais, estaduais e municipais para a abertura de novas vagas e também será utilizado no pagamento de bolsas para professores do ensino básico e docentes universitários que assumirem mais turmas de licenciatura. O sistema prevê investimentos tanto para graduação quanto para educação continuada dos professores, com materiais didáticos financiados pelo MEC. Este ano, foram oferecidas 2 mil bolsas no valor de R$ 1.200. A meta do governo é que, em 2012, este número chegue a cerca de 10 mil bolsas.
Segundo informação divulgada pela Folha de S. Paulo, o ministro Fernando Haddad disse que espera atingir 300 mil professores sem graduação e 300 mil sem formação na área específica em que lecionam. Ele citou o exemplo de 20 mil professores formados em pedagogia que dão aulas de matemática e afirmou que as principais deficiências estão em química e biologia. Outro objetivo do sistema é ampliar o número de professores da rede pública formados no ensino superior público, já que mais de 70% dos docentes aptos a lecionar no ensino básico se formam em universidades privadas.
O sistema prevê ainda a possibilidade de dar aos profissionais da rede pública acesso prioritário às instituições de ensino superior. Porém, as universidades tem o poder de decidir se adotam ou não a reserva de vagas. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi uma das instituições que aderiu ao sistema, com turmas específicas para professores.
O número de vagas oferecidas e as áreas do conhecimento abrangidas pelo sistema serão definidos em cada Estado por um colegiado formado por representantes do MEC, dos professores, dos governos estaduais e municipais e das universidades públicas da unidade da federação.
Esta é a primeira vez que o governo federal elabora um plano e aplica recursos não só em universidades federais, mas também nas estaduais e municipais. O que demonstra que há uma preocupação em investir na melhoria da qualidade da educação no país.
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Um comentário:
Parece que o MEC ficou inspirado por uma notícia que saiu na Veja, a qual foi reproduzida nesse blog:
http://stoa.usp.br/shigueharum/weblog/34207.html.
Espero que realmente os investimentos cheguem aos seus destinos!
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